Por: Klever Kolberg ligado: fevereiro 20, 2014 Em: Palestras Comentários: 0

Por Klever Kolberg e João Wagner Galuzio. Colaboração especial de Paulo Sabbag.

1003049_607535025953790_1924189161_nTodos os dias profissionais e empreendedores definem e perseguem metas e objetivos. Muito esforço é feito para se alcançar um resultado melhor, porém nem sempre combinando o esforço com o resultado.

A metáfora mais elementar está nos campos de futebol. O seu time pode ser muito eficiente, desarmando, conduzindo e finalizando jogadas, mas sem o gol, pouco ou nada valem tais desempenhos. Não basta ter 90% de posse de bola, pois a cultura popular já ensina “-Quem não faz, toma [gol]”.

Diariamente tentamos bater as metas, o que não está errado, mas quando isso acontece, podem ocorrer desvios e não se alcançar o resultado (eficácia), apesar do esforço (eficiência). É provável que quando o esforço é menor, o resultado (eficácia) tende a ser comprometido. De outro modo, por vezes pode-se haver muita dedicação e ainda assim não realizar os resultados esperados.

Vamos pensar no pit stop da F1, a parada no box para as trocas de pneus. Uma prova dura em média 90 minutos, mas aqueles segundos fazem toda a diferença. Atualmente o recorde é de dois segundos, da equipe Red Bull. Na tentativa da quebra deste recorde, recentemente a própria Red Bull liberou um carro com a roda mal apertada. A roda se desprendeu e atingiu um cinegrafista que teve algumas fraturas e o carro abandonou a prova.

Devemos compreender melhor esta relação entre esforço e resultado para que, com regularidade a energia empregada produza o melhor resultado. Nem as máquinas são perfeitas, mesmo nelas nem toda energia consumida é convertida em trabalho de fato.

Quando colocamos os resultados num gráfico ao longo do tempo, em vez de uma reta sempre ascendente, o desempenho melhora ou piora, formando picos superiores e inferiores, como uma cadeia de montanhas com seus picos e vales.

Então os períodos de desempenho inferior provocam uma reação, que é buscar a recuperação no período seguinte, provocando um esforço maior, já que o desafio será superior. Quanto maior o desafio, maior o risco de quebra de um equipamento, do produto com qualidade inferior, do maior consumo de energia e matéria prima e provavelmente estaremos desgastados no dia seguinte, que pode causar a queda do nosso rendimento, vamos precisar de uma recuperação do desgaste acentuado.

Veja, nem estamos falando de outra tendência, que é a procrastinação, que é adiar, deixar as coisas para fazer depois, tentar alcançar o resultado no último dia, o que é, obviamente, um erro grave. Então, voltando às boas intenções, mesmo um atleta, um campeão olímpico não trabalha só mirando o topo da montanha mais alta. Para atingir o cume do Everest é trabalhada a regularidade. Aristóteles escreveu há 2500 anos: “a excelência não pode ser um feito, tem que ser um hábito”.

Para alguns a palavra regularidade pode representar algo negativo, fraco. Desde nossa infância, e até no mundo corporativo, o termo regular é utilizado como nota de avaliação, numa escala entre “péssimo, ruim, regular, bom e ótimo”.

Trabalhar a regularidade não é promover a mediocridade, mas a pouca variabilidade dos processos e sistemas, para que sejam mais confiáveis e equilibrados. O objetivo é alcançar a regularidade de resultados ótimos o que garante a excelência. Um atleta, ou um time campeão, ambos têm a característica de alto desempenho, estável, previsível, errando muito pouco ou, quando os problemas acontecem, rapidamente um alerta se acende, providencias são tomadas e o obstáculo é rapidamente superado. Como o sistema de navegação de um GPS, que imediatamente ao erro, recalcula e apresenta uma nova rota, a melhor alternativa.

Um time inferior também é capaz de produzir bons resultados, mas não tem consistência, não é uniforme, alterna muito seu ritmo e não tem velocidade de reação diante das dificuldades. Nestes momentos difíceis, esse time vai tentar forçar o ritmo, expondo à quebra os elos mais fracos.

Não se ganha uma prova de F1 apenas fazendo um bom pit stop. Mas pode se colocar todo um grande trabalho a perder.

Assim todo atleta profissional e seu time deve estabelecer um bom ritmo, desafiador e viável, onde consiga ser regular, para manter a sustentabilidade. A partir desse desempenho, aos poucos a régua vai subindo, sem querer pular etapas, assim o ritmo e o desempenho de todos também vai subindo, mas sem criar grandes picos, elevando o resultado, degrau a degrau, (bem aderente ao modelo Kaizen). Aos poucos algumas mudanças são realizadas, os erros se transformam em experiências e aprendizado em que, num processo de melhoria contínua, o resultado é melhor, cada vez mais, regularmente melhor, alcançando a regularidade de alto desempenho.

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