Por: Klever Kolberg ligado: dezembro 31, 2009 Em: Rally Dakar Comentários: 0

Competidores percorrerão 13 cidades entre Argentina e Chile. Brasileiros serão os pioneiros com o etanol na competição

Mitsubihi Pajero Sport Flex

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O rali mais exigente do mundo acontecerá novamente na América do Sul. O Dakar 2010 terá cerca de nove mil quilômetros divididos em 14 especiais, passando pela Cordilheira dos Andes e pelo Deserto do Atacama, atravessando Argentina e Chile. A largada será no dia 1º de janeiro em Buenos Aires e a chegada, no dia 17, também será na capital argentina.

Nos 9.030 quilômetros da 32ª edição do rali, os pilotos enfrentarão, a exemplo do que acontecia quando o Dakar era disputado entre a Europa e a África, percursos diferentes dos percorridos no ano passado. De Buenos Aires, os competidores seguem para o norte da Argentina, com as três primeiras etapas bastante longas, apresentando grandes deslocamentos e especiais. De Buenos Aires a Córdoba, na primeira especial, serão 251 quilômetros cronometrados, passando pela cidade de Colon.

No segundo dia, serão mais 355 quilômetros entre Córdoba – província que atualmente sedia uma etapa do WRC – e La Rioja. O piso terá uma característica mais dura e compacta, porém com muitas pedras e atravessando trechos sinuosos de serra, o que exige bastante técnica de pilotagem.

A terceira especial terá 182 quilômetros e vai de La Rioja a Fiambala, última cidade em território argentino antes dos competidores encararem a Cordilheira dos Andes e lidarem com uma drástica mudança climática por causa das freqüentes tempestades de areia, comuns no local. Além disso, o físico de pilotos e navegadores será posto à prova, com trechos em altitudes de até 4 mil metros.

As dunas começam a crescer durante sete dias de exploração no Deserto do Atacama. Entre Fiambala e Copiapo, já no Chile, a especial terá 203 quilômetros cronometrados; o quinto trecho, de 483 quilômetros, será entre Copiapo e Antofagasta, cidade conhecida por suas minas de ouro. Por isso haverá partes de terreno pedregoso.

Claudinei Quirino, Ary Kolberg, Giovanni Godoi, Klever Kolberg, Clayton Ananias, Amaury Olsen

Claudinei Quirino, Ary Kolberg, Giovanni Godoi, Klever Kolberg, Clayton Ananias, Amaury Olsen

O Dakar começa a rumar ao norte chileno na sexta especial, entre Antofagasta e Iquique, ainda no terreno mais seco do planeta. Já é considerada a parte mais difícil do rali tanto para os competidores, como para o equipamento, com 418 quilômetros cronometrados. Ao final, uma paisagem que compensa o esforço: após o downhill, a cerca de três quilômetros de Iquique, o litoral do Oceano Pacífico estará à vista da caravana do rali.

A volta para Buenos Aires começa na sétima especial, de Iquique a Antofagasta, com 600 quilômetros. Do litoral, os competidores encaram novamente o deserto, já entre Antofagasta e Copiapo, no oitavo trecho cronometrado, de 472 quilômetros. A nona etapa, entre Copiapo e La Serena, é o último dia dos pilotos no Atacama, na especial de 338 quilômetros.

A décima especial ruma a Santiago, com 238 quilômetros cronometrados e vegetação densa e variada, além de trechos sinuosos de estradas. Entre Santiago e San Juan, no 11º estágio, os competidores passam pelo Aconcágua e retornam à Argentina em 220 quilômetros cronometrados.

A quilometragem aumenta na 12ª especial, de 297 quilômetros, entre San Juan e San Rafael. Será comum ver rios cortando estradas, cercados de cânions, mas na segunda parte, arenosa, haverá vários saltos. A penúltima especial, de 368 quilômetros, acontece entre San Rafael e Santa Rosa, a dois dias do final do rali. As dificuldades, no entanto, não cessam: trechos rápidos, mas traiçoeiros, especialmente nas dunas de Nihuil.

O trecho final, entre Santa Rosa e Buenos Aires, tem 206 quilômetros cronometrados, e a chegada acontecerá na vila de San Carlos de Bolívar.

Sobre Klever Kolberg: Engenheiro e piloto, Klever Kolberg é o brasileiro que mais vezes participou do Rally Dakar, competição off-road mais difícil e perigosa do mundo, tendo sido um dos pioneiros no país a disputá-la. O piloto criou a primeira equipe brasileira a participar do Dakar e vai competir pela 22ª vez em 2010. Um dos grandes nomes do off-road nacional, Klever começou na prova competindo de moto, entre 1988 e 1996, sagrando-se campeão da categoria Motos Maratona em 1993, ano em que foi o quinto colocado no geral. A partir de 1997 passou a disputar o Dakar entre os carros, obtendo o título vice-campeão na categoria Carros Maratona em 1999 e 2000 e na categoria Carros Diesel em 2002. É autor de três livros sobre o assunto e é comentarista de rali no canal ESPN desde 2007.

Sobre Giovanni Godoi: Engenheiro mecânico com 20 anos de experiência no automobilismo nacional, sendo oito dedicados às competições off-road como engenheiro responsável pelo desenvolvimento dos veículos de competição da Mitsubishi. Em 2003 disputou o Rally dos Sertões, terminando em 17º na geral e terceiro entre os novatos, com o objetivo de entender e vivenciar as exigências a que o carro e a dupla piloto/navegador são submetidos em uma prova deste porte, e em paralelo, testar e desenvolver novos componentes. Esteve no Dakar 2009 com navegador de um caminhão de apoio.

Comandado por Klever Kolberg (piloto) e Giovanni Godoi (navegador) no Rally Dakar 2010, o Valtra Dakar Eco Team é patrocinado por Valtra, BASF, Mitsubishi, Cosan, Mobil Super Flex, Unica, Pirelli, Fremax e Magneti Marelli, e apoiado por Artfix, Sparco e Waiver.

Acesse o site do piloto: www.parisdakar.com.br/

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