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Por: Klever Kolberg ligado: setembro 21, 2023 Em: Jobs, Rally Dakar Comentários: 0

O rally ainda mais longo – Capítulo 9 da história do Rally Paris-Dakar: 1986.

A 8ª edição do

Rene Metge com Porsche no Rally Paris-Dakar 1986

Rene Metge com Porsche no Rally Paris-Dakar 1986

Não era necessário ter uma bola de cristal para prever que a 8ª edição do Rally Paris-Dakar seria das mais difíceis. A começar pelo percurso de 15.000 km, a maior distância a ser percorrida desde o início da prova.

O ano sombrio

Competidores mais próximos a Thierry Sabine já arriscavam dizer que o sonho do “criador” era fazer uma edição onde ninguém chegasse ao final. “Anos mais tarde ouvi pessoalmente esta declaração do francês Hubert Auriol, quando ele já era o organizador do Dakar”, contou o piloto e engenheiro Klever Kolberg.

Mais longo com terrenos mais difíceis

Sabine também escolheu utilizar os terrenos mais difíceis. A prova atravessou sete países (França, Argélia, Níger, Mali, República do Alto Volta, agora Burquina Fasso e Senegal).

Record de participantes

As etapas eram ainda mais longas. Eram 486 concorrentes na largada: 131 motos, 282 carros e 73 caminhões.

Cyril Neveu com Honda NXR 750 no Rally Paris-Dakar 1986

Cyril Neveu com Honda NXR 750 no Rally Paris-Dakar 1986

Reação dos japoneses

Constatando o domínio das BMW, a Honda e a Yamaha reagiram. Os gigantes japoneses abandonaram as motocicletas monocilíndricas e prepararam protótipos para seus times oficiais.

Muitas desistências

Na metade da prova 75% dos concorrentes já haviam abandonado, mesmo assim os protagonistas continuavam no ataque total.

Acidentes

Nas motos aconteceram vários acidentes, inclusive com o belga bicampeão, Gaston Rahier e sua BMW. Outro campeão, Auriol, também sofreu um tombo feio com sua Cagiva e abandonou.

Honda venceu nas motos

A aposta da Honda na NXR 750 V estava no rumo correto, conquistou os três degraus do pódio. Foi a 4ª vitória do francês Cyril Neveu, seguido do compatriota Gilles Lalay e do italiano Andrea Balestrieri.

Porsche nos carros

Nos carros a Porsche voltou a dominar. Fez dobradinha. O grande vencedor foi o francês René Metge, seu 3º sucesso, seguido do belga Jacky Ickx.

Mercedes-Benz nos caminhões

A dupla dos italianos Giacomo Vismara e Giulio Minelli venceu nos caminhões com um Mercedes-Benz Unimog.

Vitória sem comemoração

Mas nem Neveu nem Metge festejaram suas vitórias. Um drama aconteceu e fez com que o Dakar nunca mais fosse como antes.

Drama

Thierry Sabine, o cantor francês Daniel Balavoine, a jornalista Nathaly Odent, o piloto de helicóptero François Xavier-Bagnoud e o técnico de rádio Jean-Paul Le Fur não sobreviveram a um acidente de helicóptero.

Paixão

Dez anos, dias após dia, depois de ter se perdido de moto no deserto, Sabine pagava com a vida sua paixão. Todos ficaram em choque, a consternação foi total. As cinzas de Thierry Sabine foram espalhadas no deserto. Seu pai, Gilbert Sabine e Patrick Verdoy, assumiram o comando da caravana.

A aventura sobreviveu

A corrida continuou, mas naquele ano o desempenho esportivo obviamente ficou em segundo lugar.

Fonte: Reportagem Revista Moto Show – Jornalista Gabriel Hochet

Foto divulgação: DPPI

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